quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mesozóico

O mesozóico engloba o intervalo de tempo entre cerca de 251Ma e 65Ma, tendo ficado conhecido pela era dos répteis, que se subdivide em 3 períodos: o Triásico, o Jurássico e o Cretácico.

Triásico
Os principais acontecimentos foram:
· União da Pangea
· 1º Vertebrado voador
· Recuperação da extinção ocorrida no final do Pérmico
· Aparecimento de plantas com flor as angiospérmicas(imagem)
· Fauna ainda reduzida
· Início do domínio dos répteis
· Existência de uma extinção que afectou algumas espécies
· Início da fragmentação da pengea, por forças tectónicas
· Nos mamíferos apenas existiam pequenos roedores, sobretudo nocturnos

Jurássico

· Domínio dos répteis, e alargamento aos oceanos e mares (ex. ictiosaurus)
· Dispersão das plantas com flor, que foram conquistando terreno em relação às coníferas
· Os dinossauros tornaram-se mais ágeis e rápidos
· No final do Jurássico deu-se a evoluçao dos dinossauros para as primeiras aves, ficando famoso um fóssil de transiçao chamado Archaeopteryx lithographica(imagem)

Cretácico

· Foi neste período que os dinossauros atingiram o seu auge, acabando por se extinguir no final, sem justificaçao aparente.
· Foi essa extinçao (K-T) que permitiu a evoluçao para uns mamíferos mais complexos no periodo seguinte.
· Nesta altura já as angiospérmicas de tinham distribuido bastante, no entanto esta distribuição deveu-se essencialmente aos insectos sociais que apareceram e permitiram uma rápida e uniforme polinização

Extinção K-T

· Doenças transmissíveis – Devido às características migratórias dos dinossauros, as suas doenças podiam ter-se espalhado globalmente.
· Evoluçao dos mamíferos – os mamíferos evoluiam gradualmente a há quem defenda que conseguiram arruinar os dinosssauros, destruindo os seus ninhos e alimentando-se dos respectivos ovos.
· Colisão de um corpo extraterrestre – Desta época existem marcas de grandes crateras, no entanto alguns críticos defendem que não teriam sido suficientes para causar uma extinção tao grande.
· Vulcanismo – Saba-se que nesta época houve intenso vulcânismo, e é esta a hipótese mais aceite para a extinçao do final do Cretácico que ditou fim dos dinossauros.

Jorge Narciso e Vladislav

Carbonifero e Permico

Carbonifero

Éon Fanerozóico, Era Paleozóica
Compreendido entre 359 e 299 milhões de anos

Origem do nome

Designa-se Carbonífero devido às grandes quantidades de carvão mineral encontradas nas formações rochosas, durante a sua época.

Evolução

Uma das principais evoluções que se verificaram ao nível do carbonífero foi o ovo amniótico que permitiu a exploração do meio terrestre por alguns tetrápodes (que tem quatro patas ou meios de locomoção).



Geograficamente

Na altura do período do Carbonífero a Pangea estava fragmentada em Laurásia e Gondwana, a primeira continha efectivamente os continentes que hoje conhecemos como: Europa. Ásia e América do Norte, e a segunda África, Oceânia, Antárctica e América do Sul.



Fauna

É caracterizado por um grande número de tetrápodes que incluem anfíbios, répteis primitivos e alguns mamíferos primitivos (sinapsídeos).
Durante todo o período do Carbonífero a espécie dominante foi a dos anfíbios.



Flora

Predominam os licopódios e samambaias (têm uma diversidade superior no Carbonífero que em qualquer outro período).



Fosseis

Os fósseis encontrados durante o Carbonífero são essencialmente fósseis marinhos.
Os fósseis índice são os conodontes (classe de vertebrados primitivos, actualmente extintos). São utilizados internacionalmente para datar rochas da primeira época do Carbonífero.



Permico

Éon Fanerozóico, Era Paleozóica
Compreendido entre 299 e 245 milhões de anos
Divide-se nas épocas Cisuraliana, Guadalupiana, Lopingiana.

Origem do nome

O seu nome deve-se a uma cidade na Rússia chamada Perm onde se encontraram muitos fósseis desta altura.

Clima

Durante o Pérmico o clima na Terra começou a aquecer e surgiram os desertos primordiais no interior da Pangea.

Geograficamente

A China do Norte, a China do Sul e a Ciméria derivaram para norte, em direcção à Eurásia, acabando por colidir com a sua margem siberiana durante o Triássico superior. Apenas após estas colisões é que todos os continentes ficaram aglutinados numa verdadeira Pangea.



Fauna

Durante o Pérmico surge um grupo de répteis particularmente importante, os Arcossauros (imagem), a partir do quais ocorreu a evolução que resultaria do aparecimento dos crocodilos e dos ptecossauros que mais tarde iriam evoluir para aves.
É caracterizada por uma grande abundância de répteis que se dividiam em dois tipos:
1)Os semelhantes aos lagartos que eram animais terrestres.
2)Os répteis semi-aquaticos lentos.
Neste período ainda não existiam mamíferos, tartarugas, dinossauros, lepidossauros, lissanfibios, mas existiam todos os ancestrais correspondentes.



Flora

A flora não era muito diversificada havendo essencialmente uma grande abundância de Glossopteris e de Ginko.
Houve uma extinção das plantas não produtoras de sementes para aparecerem as produtoras de sementes e apareceram assim as primeiras coníferas.



Fosseis

Os fosseis caracteristicos da altura do Pérmico são essencialmente de Glossopteris.
Mas também foram encontrados fosseis de Lystrossaurus e de Messosaurus.



Extinção


Cerca de 90% dos seres vivos desapareceram do planeta.
Não se sabe ao certo o que causou tal extinção mas sabe-se que não foi apenas devido ao fenómeno em si mas também as alterações climáticas que advieram dele.
Pensa-se que possa ter sido devido ao impacto de um meteorito de grandes dimensões ou a um fenómeno de vulcanismo intenso.

Soraia Matos e Dário Mendes

Cenozóico


Paleogénico

Marcado pela expansão dos mamíferos, ate então representado por formas raras e de pequeno porte;

Alguns tornaram-se aptos para uma vida aquática (cetáceos), enquanto outros se especializaram em ambientes terrestres e aéreos.

Paleocénico:

Inclui as faunas de mamíferos pouco evoluídos, que surgiram após a extinção dos dinossauros;

Os mamíferos terrestres libertos da competição por nichos com os repteis, explodiram em tamanho e diversidade.

Eocénico:

Está relacionado com o despontar das modernas ordens de mamiferos.

Apareceram os primeiros tubarões da Família Carcharhinidae, tal como os primeiros mamíferos marinhos. Em Terra, surgiram os ungulados*1, morcegos proboscídeos*2, primatas e roedores, enquanto as formas mais antigas declinam.

Surgiram ordens modernas das aves.

A Índia continuava a afastar-se de África e iniciava a sua colisão com a Ásia, provocando a formação dos Himalaias.



*1- Ungulados: Divisão de mamíferos que compreendia os animais de casco.

*2- Proboscídeos: Ordem de mamíferos providos de tromba e que compreende o elefante e espécies relacionadas extintas.

Oligocénico:

A temperatura global diminuiu cerca de dez graus centigrados, provocando uma diminuição das florestas e introduzindo as plantas herbáceas que viriam a dominar no Miocénico;

As faunas marinhas tornaram-se muito modernas, tal como as faunas de vertebrados terrestres no norte do continentes, mas mais como resultado da extinção das formas antigas do que à evolução das formas recentes.

A evolução da fauna da América do Sul é muito distinta das restantes, uma vez que estava, aparentemente, isolada dos outros continentes.

As ervas expandiram-se para os espaços abertos como planícies e savanas, libertando-se da sua elevada dependência das zonas húmidas, devido ao ligeiro arrefecimento do clima.

Genericamente, termina com o desaparecimento das Numulites e com o aparecimento de Globigerinoides e Miogypsina.



Neogénico

Durante o Neogénico os mamíferos e as aves evoluíram significativamente. Muitas outras formas de vida mantiveram-se relativamente inalteradas.


Miocénico:

No Miocénico superior aparecem microfaunas frias na Califórnia na Nova Zelândia.


Pliocénico:

Do ponto de vista paleontológico, o Pliocénico caracteriza-se por fauna e flora quase idêntica às actuais mas com distribuição geográfica diferente.

O Pliocénico é entendido por muitos paleontólogos como o clímax da Idade dos Mamíferos e talvez marque também o início do seu declínio. É caracterizado pelo aparecimento de todas as ordens, famílias e muitos géneros de mamíferos existentes actualmente. No final, boa parte dos grandes mamíferos desapareceu e deu-se a expansão dos hominídeos (Australopithecus). Os primeiros hominídeos conhecidos evoluíram no Leste Africano.

Plistocénico:

Associado a uma enorme alteração na paisagem, o arrefecimento climático contribuiu para uma extinção em massa em determinadas zonas do mundo, sem nunca se aproximar das dimensões dos episódios de extinções anteriores.

Deu-se a evolução humana para o homem moderno durante esta época, há aproximadamente 500.000 anos e a sua migração para os continentes americanos. É uma altura de grande alteração para animais e plantas, que sofrem grandes pressões climáticas.

O degelo glacial durante os períodos inter glaciais no Plistocénico e no final desta época, conduziram a grandes extinções marinhas. Ocorreram também grandes extinções continentais no Plistocénico Superior nos mamíferos de maior porte, incluindo mamutes, mastodontes, tigres dente-de-sabre, gliptodontes e preguiças não arborícolas (terrestres). As extinções foram especialmente severas na América do Norte, onde os cavalos e camelos foram eliminados.


Holocénico:

Do ponto de vista das sociedades humanas, no intervalo de passagem entre Plistocénico e Holocénico houve desenvolvimento da civilização do Mesolítico, situada entre predadores e produtores a que se seguiram as civilizações do Neolítico, a idade dos metais e daí até às sociedades actuais.

O aquecimento climático que se verificava a nível global resultou numa migração de plantas e animais em direcção aos pólos. Por todo o mundo, os ecossistemas de clima frio restaram apenas nas regiões polares e em “ilhas” ecológicas de elevada altitude.

Um grande número de espécies extinguiu-se recentemente (em termos geológicos) no início do Holocénico. Há cerca de 10,000 anos, 39 géneros de mamíferos desapareceram, sendo a sua grande maioria animais de grande porte, denominados de mega fauna.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Hádico e PréCâmbrico



Hádico:
É o Eon mais antigo na escala do tempo geológico, com início há cerca de 4 biliões e 570 milhões de anos com a formação dos planetas do sistema solar e terminus há aproximadamente 3 biliões e 850 milhões de anos com o aparecimento das primeiras rochas do planeta Terra.

PréCâmbrico:

Eon Arcaico (3.85 – 2.5 biliões de anos)

Arcaico Eras Biliões de anos
Neoarcaica 2.8 – 2.5
Mesoarcaica 3.2 – 2.8
Paleoarcaica 3.85 – 3.2

Litosfera:
A litosfera no Arcaico não era completamente rígida devido à intensa actividade vulcânica. A existência da tectónica de placas é ainda hoje questionada pelos cientistas. Os primeiros continentes (proto-continentes) tiveram origem na colisão entre arcos insulares ou associados a pontos quentes. Uma das características litológicas deste Eon é a existência de rochas organizadas nas chamadas “cinturas de rochas verdes” (rochas metamórficas alternadas de alto e de baixo grau).

Atmosfera:
A atmosfera neste Eon era rica em dióxido de carbono, metano, amónia, ácido clorídrico, entre outros gases, sendo pobre em oxigénio. Estas características mantinham o planeta relativamente quente devido ao efeito de estufa.

Organismos:
Os primeiros seres vivos surgiram neste Eon e eram seres procariontes. Assim sendo, eram unicelulares, não possuíam núcleo e os primeiros autotróficos anaeróbicos. Surgiram também os primeiros organismos fotossintéticos, como por exemplo as cianobactérias que originaram estromatólitos (estrutura do tipo recifal no fundo de mares rasos). Estes organismos existem ainda na actualidade assim como os estromatólitos.



Eon Proterozóico ( 2.5 biliões – 570/542 milhões de anos)

Proterozóico Eras Milhões de anos
Neoproterozóico 1.000 – 570/542
Mesoproterozóico 1.800 – 1.000
Paleoproterozóico 2.500 – 1.800

Litosfera:
Neste Eon os eventos tectónicos a nível global eram muito semelhantes aos da actualidade. Formou-se, assim, um supercontinente chamado Rodínia que ocupava toda a região do pólo sul.

Atmosfera:
As primeiras glaciações ocorreram neste Eon tendo como clímax a chamada Terra Bola de Neve (“Snowball Earth”).
Outro importante marco da história da terra foi chamada crise geológica do oxigénio. Esta correspondeu à passagem de uma atmosfera redutora para uma atmosfera oxidante, por rápida acumulação de oxigénio molecular livre. Este aumento de oxigénio deveu-se ao aumento de organismos fotossintéticos e à redução de ferro livre de se juntar a este gás, originando óxido de ferro. As consequências do aumento de oxigénio foram: o aumento das formações de ferro em bandas e a primeira grande extinção.

Esta correspondeu à morte das bactérias existentes que eram anaeróbias obrigatórias. Os organismos sobreviventes tiveram, então, de desenvolver novos métodos bioquímicos para reter o oxigénio (exemplo: respiração aeróbica). Estes métodos levaram, futuramente, ao aparecimento dos seres eucariontes.




Organismos:
Nas colinas de Ediacara foram encontrados fosseis que constituem a fauna de Ediacara. A importância destes achados fosseis é que representam os mais antigos achados de metazoários – seres com células organizadas em tecidos e órgãos. Não apresentavam partes duras, logo são apenas impressões nas rochas o que tornou o estudo destes organismos muito difícil.

Tabela Cronostratigráfica